Brasília – O governo estuda a criação de mecanismos para que o microempresário e o empresário de pequeno porte possam transacionar mercadorias nas regiões de fronteira em moeda local. A informação foi dada pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, na abertura da 8ª Reunião Plenária do Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte.

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Segundo Furlan, a burocracia do câmbio é um dos principais fatores que impedem o setor de apostar na exportação. Para o ministro, a legislação que trata do câmbio, de 1937, está defasada e precisa de ajustes.

Durante o evento, o ministro incentivou os empresários a encaminhar projetos de exportação ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). "Não estamos conseguindo cumprir o orçamento do BNDES. Sobram recursos e faltam bons projetos", disse ele.

Furlan afirmou que mantém-se otimista com o crescimento econômico, apesar de o resultado do PIB (Produto Interno Bruto), divulgado ontem (30) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), ter apontado retração de 1,2% no terceiro trimestre do ano em relação ao segundo. "Sim. O Brasil está crescendo. Poderia estar crescendo mais. Certamente esse tema será tratado com bastante precisão pela equipe econômica", ressaltou.

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De acordo com o ministro, as exportações em 2005, previstas em US$ 117 bilhões, serão quase o dobro do que o Brasil vendeu a outros países em 2002. "Em três anos de governo Lula, também estaremos superando os US$ 100 bilhões de superávit comercial", afirmou.