Uma nova divergência surgiu hoje entre o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, e o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Carlos Lessa. Furlan disse que o banco precisaria acelerar a análise de pedidos de financiamentos, que leva entre seis meses e um ano para ser concluída. Lessa disse que considerava o encurtamento de prazo “muito difícil”.
A desafinada ocorreu hoje pela manhã, antes da reunião extraordinária do conselho do BNDES, que foi realizada em Brasília pela primeira vez desde o início do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Questionado sobre se a mudança do local da reunião se devia ao recente noticiário de atritos entre os dois, Lessa negou. “Entrevistem os jornalistas a respeito, eu não sei de nada disso”, sugeriu. Furlan ouviu a mesma pergunta horas depois e respondeu com um seco “sim”. Depois, corrigiu-se. “Não tem briga, não”, afirmou. Oficialmente, a reunião ocorreu em Brasília porque Furlan estava com uma agenda apertada demais para deslocar-se até o Rio de Janeiro.
A questão dos prazos de análise de pedidos no BNDES foi analisada hoje na reunião do conselho. Antes de seu início, Lessa havia negado que o tema seria discutido. Ele explicou que os prazos de análise estão longos porque trata-se de um trabalho complexo e porque muitas vezes as empresas não entregam ao banco todas as informações necessárias. O pedido de dados adicionais acaba prolongando os prazos. Se não houver problema nenhum, um processo de análise pode terminar em 90 a 120 dias.
Ao final da reunião de hoje, Furlan informou: “há reconhecimento do conselho que existem maneiras de simplificar caminhos”. Ele acrescentou que houve boa vontade por parte da diretoria em tratar dessa questão e que “não houve divergências” quanto ao tema.
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