Brasília – O Brasil não precisa de US$ 44 bilhões de superávit (diferença positiva de exportações menos importações) na balança comercial, afirmou hoje (8) o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan. "Nós não desejávamos um superávit de US$ 44 bilhões. Em condições normais, com taxas de juros caindo, se tem uma demanda menor de superávit e poderíamos estar tranqüilamente na casa dos U$ 20 bilhões", disse o ministro em café da manhã com a imprensa.

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Segundo Furlan, o "esfriamento" da economia, decorrente das elevadas taxas de juros, derrubou as importações, daí o superávit acima do previsto. Ele lembrou que as compras brasileiras só voltarão a crescer com o dinamismo da economia, uma vez que grande parte das importações é de máquinas e equipamentos, componentes e matérias-primas.

Até ontem (7), a balança comercial acumulava superávit de US$ 41,183 bilhões, com as exportações totalizando US$ 110,045 bilhões. Segundo Furlan, isso indica que o Brasil ultrapassará a meta de US$ 117 bilhões de vendas externas para este ano. A meta para 2006, fixada em US$ 120 bilhões, será revista e anunciada em 2 de janeiro. O superávit esperado é de mais de US$ 30 bilhões. Nos primeiros três anos do governo Lula, o saldo acumulado na balança comercial passa de US$ 100 bilhões.

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