O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, defendeu nesta terça-feira (12) a definição de uma meta fixa mínima de crescimento da economia brasileira para os próximos quatro anos. Segundo ele, com a definição de uma meta, o setor empresarial se mobilizaria com a sinalização do governo. Questionado sobre qual poderia ser essa meta mínima por ano, Furlan citou 5% ou 6% de crescimento. "O Brasil tem esse potencial", afirmou.
Segundo Furlan, a definição de uma meta funcionaria como já ocorre hoje para a inflação. "Por que não? A Argentina tem meta fixa de crescimento", respondeu o ministro, em entrevista, após a abertura do encontro empresarial Índia, Brasil e África do Sul na Confederação Nacional da Indústria.
Furlan avaliou que o espaço que se tem daqui para a frente para a redução da inflação brasileira é muito menor, já que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) está abaixo da meta de 4,5% definida pelo governo.
"O esforço para se dar ênfase na redução maior da inflação talvez pudesse ser colocado para uma agenda de crescimento, uma vez que se superou essa meta pré-colocada de 4,5% de inflação. Eu colocaria o desafio de termos uma meta de crescimento, porque ela não estaria conflitando com uma meta de inflação, porque ela já foi alcançada com grande sucesso", afirmou o ministro. Ele disse que a palavra chave para os próximos quatro anos é crescimento com geração de emprego.