São Paulo – O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, disse hoje (21) que embora o governo federal tenha priorizado investimentos na área de portos, considerada estratégica no escoamento dos produtos vendidos ao exterior, não conseguiu imprimir um ritmo à altura das necessidades do setor produtivo.

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?Não conseguimos levar as obras na velocidade que o Brasil precisava?, queixou-se ele durante palestra em encontro promovido pela Câmara de Comércio Suíço-Brasileira.

Na justificativa dada aos executivos e empresários presentes, Furlan apontou o excesso de burocracia nos processos de licitação pública como o grande responsável pela falta de agilidade na execução de obras em infra-estrutura.

Segundo ele, há situações em que os processos demoram de cinco a seis meses. Diante dessa morosidade, defendeu ?uma reforma no sistema de licitações e uma ação forte de penalidade para evitar fraudes?.

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Furlan informou que estudos nesse sentido estão sendo realizados pelo Ministério do Planejamento.

Os investimentos em infra-estrutura como solução para tornar os produtos brasileiros mais competitivos no mercado internacional são motivos de preocupação permanente do ministério, assegurou Furlan. Conforme observou, ?não faltam diagnósticos para solucionar a questão e sim imprimir um ritmo mais veloz?.

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?Nós escolhemos a modernização dos portos por ser esse meio de transporte responsável por 92% da distribuição do comércio externo via marítima?, informou.

Durante a palestra, o ministro defendeu que há espaço para ampliar as relações comerciais entre o Brasil e a Suíça. Como exemplo, citou a venda de etanol, cujos embarques para aquele mercado alcançaram 9,5 milhões de litros no ano passado.

Entre as  mercadorias exportados pelo Brasil estão os produtos primários como alumínio, pasta química de madeira, carne, café, fumo, zinco, minérios de manganês, além de álcool , artefatos de joalheria  e suco de laranja. Na contrapartida, as importações brasileiras do mercado suíço incluem medicamentos, geradores de eletricidade, motores a diesel e produtos químicos.

Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) apontam que, em 2004, as importações brasileiras somaram US$ 1 bilhão, volume bem abaixo das exportações que atingiram US$ 348 milhões.