São Paulo – O presidente da Associação Brasileira de Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), Fernando Pimentel, estimou hoje (10) que os 365 fundos de pensão existentes no País fecharam 2005 com uma carteira de investimentos da ordem de R$ 330 bilhões, resultado de um crescimento de 29,41% sobre os R$ 255 bilhões de 2004. Os números ainda são preliminares, uma vez que a entidade representativa do setor possui somente os dados consolidados até novembro. A estimativa do setor é de que há hoje no País 1,7 milhão de contribuintes ativos, investindo nos fundos, e 600 mil recebendo aposentadorias e pensões.

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O dirigente informou que o rendimento dos fundos, em 2005, ficou entre 16% e 19%, acima da meta atuarial média dos fundos da Abrapp, que é de 11,5%. Pimentel vinculou o bom desempenho dos fundos aos pesados investimentos em renda fixa. "A renda variável teve um bom desempenho, mas ainda assim ficou abaixo da renda fixa, em números absolutos, por causa dos juros elevados", justificou, após participar de um encontro organizado pela Abrapp, em São Paulo, entre executivos de fundos de pensão e a imprensa.

De acordo com ele, a divisão da carteira de investimentos dos fundos ficou, em média, no ano passado, em 70% na renda fixa e 30% em renda variável. "Com a sinalização do Banco Central de reduzir os juros ao longo deste ano, acreditamos que, ao final de 2006, a divisão fique um pouco mais equilibrada, de 60% para renda fixa e 40% para renda variável", projetou.

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