São Paulo – O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, reafirmou nesta segunda-feira (26), em São Paulo, que o governo vai dar garantia de rentabilidade para as aplicações que o novo fundo de investimento em infra-estrutura deve fazer, se for aprovado pelo Congresso Nacional. Previsto dentro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o fundo de investimento permite que o trabalhador use seu dinheiro no FGTS para aplicar na construção de obras de energia, rodovia, ferrovia, porto e saneamento.
O fundo usará R$ 5 bilhões dos R$ 21 bilhões de patrimônio do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Essa garantia, segundo o ministro, só vai valer para os R$ 5 bilhões iniciais de investimento previsto pelo governo.
Marinho garantiu que o investimento terá um retorno mínimo, que será pago pela Caixa Econômica Federal. "Esse rendimento mínimo era desnecessário. Mas para não pairar qualquer dúvida, nós vamos fazer, disse o ministro aos jornalistas, após participar, na tarde desta segunda-feira, de uma reunião no Secretariado Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços (Sentracos), na sede da entidade, em São Paulo. "O que vai resultar é que vai ficar mais caro para o próprio fundo porque ele vai ter que pagar uma taxa de administração a mais para que o gestor possa dar garantia mínima".
Quem vai pagar pela garantia é o próprio fundo, segundo Marinho. O FGTS, responsável pelo fundo de investimento, "vai contratar um gestor, a Caixa Econômica Federal". A garantia mínima vai ser coberta pela própria taxa de administração que a Caixa vai cobrar, afirma o ministro.
Marinho afirmou que a idéia de criar o fundo de investimento com recursos do FGTS foi baseada numa preocupação futura. "Nós não teremos eternamente títulos públicos com o rendimento que, hoje, o estado brasileiro está pagando ao fundo de garantia. Portanto, para preservar o fundo, olhando para o futuro daqui a 20 ou 30 anos, será preciso pensar em investimento alternativo, colaborando, ao mesmo tempo, com o desenvolvimento do país".
