São Paulo – Os melhores projetos de tecnologia social de 17 estados brasileiros serão premiados na noite de hoje (24) em São Paulo, pela Fundação Banco do Brasil. É a terceira edição do prêmio, que é realizado a cada dois anos, e pretende descobrir novas ferramentas de transformação social, já desenvolvidas e adotadas em diferentes lugares do Brasil, para serem aplicadas em larga escala.
Para estimular as inscrições, a fundação destinou prêmios significativos – de R$ 50 mil – para cada um dos oito melhores projetos. O dinheiro é entregue como subvenção a cada projeto, com detalhamento de cada etapa e destinação de cada gasto, até o limite do total, e não como um cheque no valor definido. No prêmio, a fundação tem como parceira a Petrobras e recebe apoio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e da empresa de consultoria privada PricewaterhouseCoopers.
Para a seleção deste ano foram inscritos 658 projetos. Destes, 40 foram selecionados como sendo os mais significativos nas áreas de Educação, Direitos da Criança e Recursos Hídricos. Além dos 40 selecionados, 65 foram certificados como tecnologia social, ou seja, passíveis de ser implementados. Os 40 finalistas foram apresentados hoje de manhã, durante mesa-redonda na capital paulista.
Entre os projetos expostos e discutidos, estão o de fabricação de órteses para problemas físicos com uso de tubos de PVC e materiais de baixo custo, desenvolvido pela Universidade do Pará. O projeto já atendeu 400 pacientes desde o ano 2000 e as órteses custam em média 10 vezes menos que as importadas. Para a produção agrícola, um projeto da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) na Amazônia Oriental viabiliza o manejo sustentável e coletivo das palmeiras de açaí, como forma de diminuir o desmatamento para agricultura de subsistência.
"Nós, da Fundação Banco do Brasil, aplicamos recursos da ordem de R$ 1,5 milhão neste programa. O programa tem um banco de Dados, que é o Banco de Tecnologias Sociais, que, com as tecnologias sociais certificadas este ano, já soma 230 tecnologias certificadas. Elas estão disponíveis no site do banco, que prefeituras, ONGs [organizações não-governamentais], cidadãos e empresas podem acessar para buscar essas tecnologias como solução para um problema de exclusão social, do seu município ou empresa", disse Jacques Pena, presidente da fundação.