A longo prazo, o Fundo de Conservação Rodoviária do Estado do Paraná (Funcor) servirá como redenção das estradas paranaenses. Assim pensa o Secretário de Estado dos Transportes, Waldyr Pugliesi. O novo comandante da pasta explicou que para que o fundo entre em funcionamento é necessário apenas vontade política. “Com os novos governos, tanto estadual como federal, renasce a esperança do povo em relação às questões sociais. Por isso não vai faltar ao Requião a vontade de destinar recursos para a conservação das estradas”, salientou.

O Funcor foi criado pela lei 13.032 de 2000, porém não foi colocado em prática no governo Lerner. Ele prevê que as receitas virão de parte da arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos combustíveis, sendo revertido para o fundo R$0,01 de cada litro de gasolina vendido e R$0,02 de cada litro de diesel.

Pugliesi não estabeleceu um prazo, mas afirmou que com a pré-disposição do Estado, em breve o Funcor deve estar repassando entre R$ 6 milhões e R$ 7 milhões mensais à secretaria. “Não deve resolver o problema por completo, pelo menos de imediato, mas é um valor substancial que deve ser aplicado integralmente na recuperação das estradas”, disse o secretário, destacando que não serão construídas novas estradas com o recurso, nem aplicado dinheiro do fundo em rodovias pedagiadas e rodovias federais.

O secretario destacou que está sendo feito uma radiografia da situação das estradas paranaenses e que os recursos serão destinados principalmente nas estradas em piores condições. Conforme dados da última administração da Secretaria de Transportes, 12% das estradas estão péssimas, 27% ruins, 26% boas, 27% regulares e 8% muito boas. “Claro que vamos começar por onde há mais necessidade. A prioridade vai ser estancar a hemorragia , não colocar botox para tirar as rugas”, comparou o secretário. Pugliesi mostrou-se favorável à participação de mão-de-obra do exército na reforma de rodovias, como prevê acordo recém firmado entre os ministérios da Defesa e dos Transportes. “O governador Requião já utilizou esse expediente na construção da Ferroeste. O exército é competente e com certeza o preço será mais barato”, salientou.

Pedágio

O grande “nó a ser desatado” pelo novo governo do Estado é uma das prioridades de Pugliesi, que não promete datas, mas afirma que algo será feito. “Estamos fazendo estudos das mais variadas formas. Nossa determinação é clara em atender o interesse maior da sociedade paranaense”, disse o secretário, reafirmando o interesse em encontrar formas de reduzir a tarifa.

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