O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) está convocando a categoria para assembléias regionais, terça-feira da semana que vem (dia 16), para dizer “não” à proposta governamental de reajuste linear de 2,67% para o funcionalismo público. O sindicato reivindica correção mínima pela inflação do governo Lula, que chegou a 9,32% no ano passado, e acena com a possibilidade de greve.
Pleito que coincide com a posição manifestada pelo Sindicato Nacional dos Servidores Públicos (Sindsep), que não se fortalece, porém, com a realização de assembléias enquanto não houver unidade de luta entre as diferentes entidades representativas dos funcionários do BC, em Brasília e nos demais estados, conforme revelou, hoje, o delegado do Sindsep no BC, José Lourenço da Silva.
Segundo ele, a convocação de assembléia pelo Sinal é uma posição unilateral, com indicativo apenas de funcionários do Rio de Janeiro, enquanto o Sindsep prega atuação unitária em todos os foros do serviço público, de modo a que o movimento ganhe força. “Se não tiver unidade não haverá movimento”, disse Lourenço, lembrando que mais de 50% do funcionalismo do BC se concentra na capital federal.
Ele salientou que é preciso fechar um calendário unificado de mobilização, e disse que “por enquanto, não temos unidade”. Esse é o entendimento também do secretário-geral do Sindsep, Ricardo Jácome, segundo quem o indicativo de greve existe desde a plenária dos servidores federais, realizada na semana passada, mas é necessário que cada entidade trabalhe, em particular, para levar sua categoria unida à mesa de negociação.
Lourenço da Silva lembra que o movimento grevista mais bem articulado entre os funcionários do BC aconteceu no ano passado, por causa da unidade de ação que levou mais de metade da categoria a paralisar suas atividades. Mas, nem assim houve prejuízo das atribuições do BC, que operou normalmente no suprimento de moeda aos bancos, no mercado aberto e demais operações da autoridade monetária.
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