Funcionários do BC fazem assembléia terça-feira e não descartam greve

Rio ? Os funcionários do Banco Central (BC) fazem na próxima terça-feira (21) uma assembléia para acompanhar o andamento do projeto de lei sobre o acordo salarial definido com a direção do órgão há quatro meses e que, segundo a categoria, ainda não foi concretizado.

No domingo (19), o conselho do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) se reúne em São Paulo para decidir os rumos do movimento. O presidente do sindicato regional do Rio de Janeiro (Sinal-RJ), Sérgio Belsito, não descartou que uma nova paralisação ou mesmo uma greve por tempo indeterminado seja definida na assembléia. "Queremos chegar a um consenso sobre o que a base quer para pode unificar a proposta e tomar a posição mais acertada", afirmou.

Segundo ele, os funcionários receberam com alívio a decisão do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, de retirar do projeto de lei que será enviado ao Congresso a clásula não negociada no acordo salarial dos empregados que previa a criação de sete cargos em comissão sem concurso. "O presidente do Banco Central, reconhecendo que isso poderia criar dificuldade, voltou atrás", disse Belsito, acrescentando que Meirelles teria feito uma carta ao Ministério do Planejamento e à Casa Civil pedindo que a cláusula fosse retirada do projeto.

Hoje (16), os funcionários encerraram a greve de 48 horas iniciada ontem. De acordo com a categoria, a paralisação ocorreu devido à demora do governo em concretizar o acordo salarial. A expectativa da categoria, informou Belsito, é que o projeto de lei seja apresentado ao Congresso até o próximo dia 20.

Belsito disse que embora a paralisação tenha atingido as atividades de fiscalização em nove das dez regionais do banco em todo o país, incluindo a sede, não houve prejuízo à população nem em relação à distribuição de dinheiro a instituições financeiras. "Houve simplesmente uma greve de advertência, cujo objetivo não era criar problema algum", observou. A única regional que não aderiu ao movimento foi a de Fortaleza (CE).

Além do reajuste salarial de 6% que a categoria deveria ter recebido em janeiro último, o acordo firmado com a direção do BC previa a paridade da contribuição do banco com os servidores no plano de saúde e a modernização do cargo de técnico, equiparando-o ao de nível superior.

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