Funcionários do Banco Central retomarão a greve, nesta quarta-feira

Os funcionários do Banco Central vão parar novamente, nesta quarta e quinta-feira, em resposta à "posição de intransigência" da diretoria do banco, que não quer retomar o diálogo para as negociações salariais da categoria.

A informação foi dada, nesta terça-feira, pelo presidente regional do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), Paulo Tasso Calovi.

Ele disse que, em vez de atender ao "chamamento da categoria" para reabrir a mesa setorial de negociações salariais e adotar medidas para fortalecimento institucional, a diretoria do BC anunciou que vai cortar o ponto de todos os que não trabalharam na última quinta-feira, por causa da greve de advertência, de 24 horas, em todo o país, pela retomada das negociações.

Calovi ressaltou que a decisão da diretoria do BC de cortar o ponto recrudesceu o ânimo dos funcionários. Segundo ele, alguns servidores que não paralisaram as atividades no dia 18, agora prometem participar do movimento, que para ele "será mais forte desta vez".

O dirigente assegura que os 4.600 funcionários do banco estão mobilizados, mas enfatiza a orientação do sindicato de manter alguns serviços essenciais como o Meio Circulante (departamento que distribui dinheiro para os bancos), de modo a evitar transtornos para o cidadão, que "não deve ser prejudicado". Ele admitiu, contudo, a possibilidade de atrasos em operações de suprimento de dinheiro em algumas agências bancárias.

A estratégia de negociação dos funcionários do BC começou com paralisação parcial de advertência, por três horas, no último dia 10, quando a assembléia dos funcionários aprovou o indicativo de greve de 24 horas para o dia 18. Como não obtiveram resposta, os servidores optaram por uma paralisação maior, amanhã e depois. Se mais uma vez não conseguirem resposta, "aí sim, a greve será por tempo indeterminado", promete Calovi.

Ele lembra que a categoria aguarda resposta oficial, para retomada do diálogo, desde o início de junho, quando os sindicatos representativos dos funcionários entregaram pauta de reivindicações à diretoria do BC. Eles pleiteiam reajuste emergencial de 15%, e querem negociar a recomposição de perdas desde 1998 que, segundo alegam, ultrapassa 57%.

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