O setor de saúde é o campeão em número de acidentes de trabalho em todo o país. De acordo com o Ministério da Previdência, dos 390 mil acidentes registrados em 2003, cerca de 23 mil ocorreram na área da saúde. Só no Rio de Janeiro, de 1997 a dezembro de 2004, foram registradas mais de 15 mil notificações de acidentes envolvendo material biológico. Para combater o problema, está sendo elaborada uma norma, envolvendo os ministérios da Previdência, Saúde e Trabalho, além de representantes dos trabalhadores e empresários, que vai traçar medidas de proteção e segurança dos trabalhadores do setor.
Para o presidente da Associação Brasileira Para Prevenção de Acidentes (ABPA), Mauro Daffre, além de melhorar a qualidade do trabalho, a medida vai representar uma grande economia, uma vez que os empresários deixam de arcar com custos de indenização e os possíveis prejuízos que poderiam ter caso fosse detectado um problema de infecção no hospital. "O custo com a prevenção com acidentes de trabalho é baixíssimo porque na oura ponta você te a economia com as indenizações", explicou o presidente da Associação.
As novas regras foram discutidas nesta quarta-feira no II Encontro Nacional "Trabalhador Saudável?Paciente Vivo", organizado pela ABPA. Elas devem entrar em vigor em agosto, mas de acordo com a coordenadora da comissão que está propondo as mudanças, Noeli Martins, os funcionários públicos só vão ser beneficiados se for encaminhado ao Congresso nacional um projeto propondo alterações na legislação."É preciso uma ação de governo. Já que você vai mandar para o Congresso uma proposta que vai envolver toda uma modificação de custos", explicou Noeli..
Desde o começo de julho os ministérios da Previdência, Trabalho e Saúde estão fazendo uma consulta pública para receber sugestões para a polícia nacional de segurança do trabalho. De acordo com Noeli, essa política também só vai valer para os trabalhadores registrados em carteira.
