A chuva fina na manhã desta terça-feira não impediu que os petroleiros da refinaria de Manguinhos, no Rio de Janeiro, fizessem um novo ato em defesa da empresa. Os trabalhadores atrasaram em uma hora o início do expediente e tomaram café na porta da refinaria. Eles protestam contra a decisão da direção da empresa, anunciada no início do mês, de não comprar nova carga de petróleo para refino, o que segundo o diretor do Sindicato dos Petroleiros do Rio, Roberto Odilon Horta, vai implicar no fechamento da refinaria, já que o petróleo em uso só é suficiente para o refino de derivados até o final deste mês.
A direção da refinaria informou, através de sua assessoria de imprensa, que decidiu suspender a importação de petróleo porque tem comprado o produto a preços internacionais, e que a revenda dos derivados é feita com base nos preços praticados no mercado interno, o que tem gerado um prejuízo mensal da ordem de R$ 5 milhões.
Odilon Horta diz que a preocupação do sindicato é com a manutenção dos mais de 500 empregos na refinaria, porque o abastecimento de derivados ao consumidor não ficará prejudicado. "A refinaria de Manguinhos responde por 30% do consumo de derivados no município do Rio de Janeiro e esta produção seria absorvida pela Refinaria Duque de Caxias, da Petrobras. A perda imediata seria para os trabalhadores, que ficariam sem os empregos", explicou o sindicalista.
Também nesta terça-feira o sindicato lançou uma campanha pelo não fechamento da refinaria e pela encampação da empresa pela Petrobras.