Funcionários da Kroll permanecem presos na PF em SP

Os cinco funcionários da Kroll Associates presos ontem pela Polícia Federal, durante a execução da operação Chacal em cinco capitais, continuam detidos na custódia da Superitendência da PF de São Paulo, localizada no bairro da Lapa. Eles foram autuados em flagrante por formação quadrilha, crime cuja pena prevista no código penal varia de um a três anos de detenção.

A PF fez buscas ontem em 16 pontos em quatro estados para investigar espionagens realizadas pela Kroll, a mando da Brasil Telecom, empresa controlada pelo Opportunity. O delegado Romero Menezes, coordenador da operação Chacal, em São Paulo, viajou há pouco para Brasília num avião Caravan da PF. Junto com ele, boa parte dos documentos, vários computadores e equipamentos de escuta apreendidos nos escritórios da Kroll em São Paulo.

A aeronave veio do Rio de Janeiro, onde colheu papéis, arquivos eletrônicos e documentos dos escritórios do Grupo Opportunity e da casa do seu principal dirigente, Daniel Dantas. Como a quantidade de material recolhido pelos 90 agentes da PF é muito grande – coube num caminhão grande de mudanças – o avião voltará para São Paulo à tarde para ser recarregado e partirá para Brasília.

Na capital federal está centralizada a apuração do caso. As autoridades da PF vão analisar os documentos colhidos em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Ribeirão Preto e Curitiba. Com a avaliação do material poderão ser solicitados à Justiça outros mandados de busca e apreensão, além da prisão preventiva de algumas das pessoas investigadas.

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