Funcionário do IAP é detido por extorsão

O funcionário do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Luiz Samborowski, 36 anos, lotado como agente de execução no escritório regional do Instituto em Guarapuava, foi preso em flagrante nesta segunda-feira (07) acusado de extorsão. O crime foi denunciado na última sexta-feira (04) ao Ministério Público do Paraná.

Um fazendeiro do município de Turvo, 50 km ao norte de Guarapuava, estava sendo aliciado a pagar cerca de R$ 2 mil para evitar a emissão de uma multa por coleta irregular de água em rio da região, para abastecer um pulverizador de agrotóxico. A coleta deveria ser realizada utilizando um abastecedor, e não diretamente no rio. A autuação para este crime de coleta irregular varia entre R$ 2 e 3 mil e o funcionário informou ao proprietário que o valor da autuação poderia chegar a R$ 30 mil.

Luiz Samborowski acompanhou a vistoria, realizada na sexta-feira passada, como auxiliar de fiscalização – sem poder de autuação e, em princípio, para servir de testemunha da fiscalização. Ao comunicar a decisão de autuação ao empregado da fazenda, Luiz sugeriu que poderia evitar a multa e se ofereceu como facilitador da irregularidade.

O proprietário da fazenda procurou o Ministério Público, que organizou um flagrante juntamente com o grupo Águia, da Polícia Militar, para a prisão do acusado. Ele recebeu orientações de como proceder. Ficou acertado que o dinheiro seria entregue nesta segunda-feira (07) nas imediações de um posto de combustíveis da BR-277, em Guarapuava. Os policiais militares e federais efetuaram a prisão no momento em que o funcionário recebia o dinheiro, conforme relatado pelo o comandante do Grupo Águia, major Heraldo Regis B. da Silva. Em seguida, de posse de um mandado de busca e apreensão, os policiais foram até a casa do fiscal, onde apreenderam uma pistola, calibre 765 milímetros.

Denúncias

De acordo com o promotor ambiental da comarca de Guarapuava, Mauro Tobrowolski, o funcionário do IAP permanece em prisão preventiva na delegacia da Polícia Federal em Guarapuava por no mínimo 90 dias, até que o processo seja concluído pela comarca. Além disso, o crime de extorsão é inafiançável. Segundo o chefe do escritório regional do IAP em Guarapuava, Jairo Mariano, o Instituto irá aguardar a definição do processo judicialmente para então decidir a punição aplicada pelo órgão ambiental.

O presidente do IAP, Rasca Rodrigues, após ser informado sobre a extorsão do servidor público, fez um apelo à população. "O IAP recebe muitas vezes denúncias como esta que acabam não se materializando. Pedimos as pessoas que, de alguma forma, se sentem coagidos pelos funcionários que os denunciem e participem nos comunicando de atitudes suspeitas". O presidente afirmou que o IAP atuará com rigor contra funcionários que, comprovadamente, tenham comportamento que venha a comprometer a imagem do Instituto e dos servidores públicos.

As pessoas que eventualmente sejam vítimas de tentativa de extorsão podem, também, procurar o Grupo Águia e fazer a denúncia pelo telefone 0800 643-7090. Esse número pode ser utilizado para qualquer tipo de crime. O Grupo Águia atua no combate ao crime organizado em todo o Paraná, priorizando o combate ao roubo de carga, transporte coletivo (ônibus de turismo) e tráfico de drogas e armas. 

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