Funasa discute implantação do Sistema de Vigilância Nutricional Indígena

Brasília – Equipes da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) que trabalham com saúde indígena estão reunidas em Brasília para discutir a implantação do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional Indígena (Sisvan). O sistema, que já está implantado em nove dos 34 distritos sanitários especiais indígenas existentes, define ações para a segurança alimentar e nutricional, com o objetivo de garantir a saúde dos índios brasileiros.

Segundo o presidente da Funasa, Paulo Lustosa, o que se busca é integrar as equipes que trabalham com saúde indígena de modo que possam contribuir contribuir para a implementação do sistema e a efetiva aplicação de ações para a área. Lustosa disse que o que mais dificulta a realização de um trabalho eficiente na atenção à saúde indígena é a falta de informações confiáveis, quadro isso é o que se quer mudar com o sistema.

"Esse sistema visa acompanhar e estabelecer indicadores do estado nutricional das crianças e mulheres em estado fértil, para que possamos montar políticas nutricionais, alimentares e de suplementação que minimizem os riscos da desnutrição e subnutrição, geradores de uma série de morbidades", esclareceu Lustosa.

Ele afirmou que o trabalho de complementação de vitaminas também será facilitado, o que permitirá melhor distribuição de sulfato ferroso, vitamina A e até de cestas básicas para a população indígena atendida pela Funasa.

De acordo com a gerente de vigilância nutricional da Funasa, Aline Caldas, hoje no Brasil não se tem um diagnóstico sobre as condições nutricionais dos índios. Ela disse que o programa vai atuar nas aldeias levantando os dados nutricionais em visitas domiciliares. "Esse diagnóstico não vai ser feito por pesquisas: vai ser feito na prática diária dos profissionais que lidam diariamente com a saúde indígena, como médicos, enfermeiros e nutricionistas", explicou.

A Funasa informou que nove distritos sanitários especiais indígenas (Dseis) já foram orientados sobre a implementação do sistema nos últimos 12 meses. As oficinas realizadas nessas localidades permitiram que os distritos enviassem com regularidade ao Ministério da Saúde dados sobre o estado nutricional dos indígenas.

Outra ação prevista pela Funasa é a capacitação dos profissionais de saúde de tais distritos na área de vigilância alimentar e nutricional. O curso, na modalidade de ensino a distância, vai atingir profissionais como médicos, enfermeiros e dentistas com o objetivo de formar equipes multidisciplinares para que o conhecimento seja aplicado imediatamente nas aldeias.

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