Índios de 13 estados vão ser beneficiados, até o fim deste ano, com
investimentos de R$ 8 milhões em obras na área de saúde. A Fundação Nacional de
Saúde (Funasa) vai investir esse dinheiro na construção de 68 postos de saúde,
25 pólos-base e cinco Casas de Saúde Indígena.
Os postos de saúde terão
infra-estrutura física e vão funcionar com médico, enfermeiro, dentista e
auxiliares de enfermagem. Os pólos atenderão um conjunto de aldeias quando os
casos não forem solucionados nos postos de saúde. As casas de saúde são unidades
de apoio aos indígenas que precisam de assistência médica mais especializada no
Sistema Único de Saúde (SUS), nas capitais ou regiões metropolitanas.
O
diretor do Departamento de Saúde Indígena da Funasa, Alexandre Padilha, disse
que a idéia do investimento é possibilitar a melhoria da atenção em saúde desses
povos. "Os índios terão como principal beneficio o seu atendimento numa unidade
de saúde adequada, onde será recebido de forma humanizada, com estratégias de
acolhimento, com dignidade e com respeito a sua cultura, tanto na construção
dentro da aldeia, quanto na casa de saúde dentro da cidade",
explicou.
"Essas unidades servirão cada vez mais para reduzir a
mortalidade infantil, adequar a estrutura de atenção ao parto, propiciar a
redução dos indicadores de malária e propiciar o aumento na cobertura vacinal",
esclareceu. Segundo Padilha, atualmente, em grande parte das aldeias o
atendimento em saúde é feito por agentes de saúde, daí a importância de oferecer
a essas pessoas um atendimento em saúde mais humanizado. Ele disse que a
expectativa é atender a maior parte dos 440 mil índios do país.
Os
recursos estão previstos no projeto Vigilância em Saúde do SUS (Vigisus), uma
parceria do Ministério da Saúde com o Banco Mundial (Bird). O primeiro lote, no
valor de R$ 1,1 milhão, já foi liberado para obras nos estados da Paraíba e
Roraima. Ao longo deste semestre, serão liberados recursos para os estados de
Amazonas, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais,
Pará, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.