Conhecido pela neutralidade, o prefeito Gustavo Fruet (PDT) surpreendeu e decidiu partir para o ataque dando o tom da campanha eleitoral. Fruet, que é candidato à reeleição, fez críticas abertas ao governador Beto Richa em entrevista concedida nesta terça-feira (09) à RIC.

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O prefeito acusou o governador pelos grandes problemas que a sua administração enfrenta: moradores de rua, ônibus e segurança pública. Em entrevista a Denian Couto, Fruet disse que o aumento da população de moradores acontece por causa da inoperância do governo do Estado, que não tem política públicas para atender esta população que vem do interior do estado.

É bom lembrar que há questão de poucos dias, o prefeito estava próximo de fechar um acordo político com o governador. A aliança só não prosperou porque as feridas entre os dois lados são muito profundas e o núcleo duro de Beto Richa preferiu ungir Rafael Greca (PMN).

Falando em ferida, quando Fruet citou a questão dos moradores, repetiu o discurso que sua esposa, Márcia Fruet, martela insistentemente, dizendo que a antiga gestão deixou um serviço de atendimento aos flagelados inadequado, o que só foi corrigido na administração dele ao criar abrigos específicos para mulheres e idosos.

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Sobraram farpas também para Ratinho Jr. (PSC), atualmente abrigado na Secretaria de Desenvolvimento Urbano de Richa. Para Fruet, tanto o governador como Ratinho seriam os culpados por terem rompido com o subsídio da tarifa dado durante o final da gestão de Luciano Ducci (PSB). Este processo todo desaguou na desintegração do sistema de transporte coletivo na Grande Curitiba, trazendo impactos importantes para a população e o consequente custo político.

Só que no auge dos embates na questão do subsídio ao transporte, o próprio Fruet sugeria que se a Comec assumisse a região metropolitana e o governo do estado não precisaria repassar mais dinheiro a Curitiba. E foi isso que aconteceu.

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Quando a conversa com Denian Couto passou a tratar de segurança, Fruet defendeu a Guarda Municipal e culpou o Estado pela violência. Segundo o prefeito, os guardas fazem o melhor que podem e a falta de segurança ocorre por “incompetência ou má gestão”, do Estado, que precisaria fazer a Polícia Militar dar conta da situação.