O secretário especial de Aqüicultura e Pesca, ministro José Fritsch, disse hoje que é preciso minimizar e exterminar de forma rápida o vírus da mancha branca, que atingiu criadouros de camarão em Santa Catarina.
A mancha branca ataca o sistema imunológico dos crustáceos e mata rapidamente os camarões. O vírus já foi detectado no Equador, Sri Lanka e Taiwan. Em algumas localidades, dizimou a produção. No Brasil é a primeira vez que o vírus se manifesta.
Fritsch se reuniu nesta segunda-feira com o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, para discutir medidas de combate à doença. Ficou decidida a criação de uma comissão para analisar o problema. Para Fritsch, com uma ação engajada e rápida será possível estabelecer um calendário de ações para minimizar os prejuízos e permitir o reinício da criação.
Inicialmente foi proibida a comercialização do camarão, tanto para o estado de Santa Catarina quanto para outras unidades da federação. De acordo com a secretaria, a doença afeta o camarão mas não traz problema para quem consome o produto.
Técnicos do Ministério da Agricultura, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) e da secretaria Especial da Aqüicultura e Pesca devem trabalhar em conjunto para buscar soluções para o problema.
Dados da secretaria revelam que houve queda das exportações de camarão no ano passado, mas que a estimativa para 2005 é de superação. "A previsão é que a comercialização do camarão cresça pelo menos 20%. Um dos fatores que vai contribuir para esse aumento é a falta do produto nos países asiáticos atingidos pelas ondas gigantes". No ano passado o Brasil produziu 81 mil toneladas de camarão, das quais 56 mil se destinaram ao mercado externo, o que rendeu ao país US$ 215 milhões.