O secretário de Comunicação da Frente Parlamentar Brasil sem Armas, sociólogo Antônio Rangel Bandeira, disse que, independente do resultado do referendo sobre o comércio de armas e munição, a próxima etapa é garantir o cumprimento do estatuto do desarmamento aprovado pelo Congresso em 2003.

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O sociólogo contou que foi procurado pelo presidente da Frente Parlamentar pelo Direito à Legítima Defesa, Alberto Fraga, e pelo vice-presidente da Frente, Antônio Fleury Filho. Eles querem, segundo Bandeira, fazer uma aliança para a aplicação do estatuto.

"Fiquei muito satisfeito porque eles lutaram contra o estatuto no Congresso, mas, com o passar do tempo, eles foram convencidos da importância do estatuto, que é a melhor forma que temos de desarmar bandidos e de fazer com que a polícia cumpra o seu dever", comentou. "Dessa forma, acho que vai haver uma grande união nacional do ?sim? e do ?não? para que o estatuto seja aplicado com todas as suas conseqüências."

Para Bandeira, que também é coordenador da Campanha do Desarmamento do Movimento Viva Rio, os parlamentares que defendem as duas correntes deveriam se unir e garantir, nas leis, mais recursos para a adoção de políticas públicas de segurança pública.

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"Vamos nos aliar para que o governo destine mais recursos para que o estatuto do desarmamento vire realidade e não apenas uma lei bonita que não pega", disse.

Bandeira teme radicalização com a vitória do "não" e a manifestação dos movimentos de direita, "defensores da pena de morte e da revisão da maioridade penal".

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O secretário avaliou que a campanha do referendo foi influenciada pelo momento político do país e os eleitores que votaram "não" também protestaram contra a corrupção e o governo, identificado com a campanha do "sim" por defender o desarmamento.

O sociólogo participa do encontro da Frente Brasil sem Armas na sede do Viva Rio, que acompanha a apuração dos votos.