O secretário-geral da Frente Parlamentar Brasil sem Armas, deputado federal Raul Jungman (PPS/PE), disse que passado o referendo sobre o comércio de armas e munição é preciso lutar pelo término da implementação do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), criado pelo Ministério da Justiça, para garantir mais recursos para a área.
"É pedra angular. O SUSP precisa ser concluído e regulamentado. Está tudo paralisado", afirmou. O deputado defendeu que a segurança chegou a uma situação no país que requer, a exemplo do que ocorre na educação e na saúde, recursos vinculados no Orçamento da União.
Jungman afirmou que a agenda política do ano que vem vai exigir dos candidatos um comprometimento com a aplicação de recursos e a identificação de uma política pública para reduzir a violência no país.
"O referendo vai fazer uma sombra sobre a eleição dos governadores e do presidente da República. Quem quiser ganhar uma eleição para executivo do Brasil em 2006, tem que ser um homem limpo, um homem ético, mas, sobretudo, alguém que dê respostas às questões da segurança e da violência que hoje leva uma parcela dos brasileiros à orfandade quando não a histeria", analisou.
O deputado passou o dia acompanhando a votação em Recife e chegou à noite ao Rio para observar, na sede do Movimento Viva Rio, junto com outros integrantes da Frente Brasil sem Armas a apuração dos votos.