O secretário disse que de acordo com relatório do Tribunal de Contas da União (TCU), que analisou as licitações no período, houve uma queda de cerca de 40% nos preços das licitações em 2002, em decorrência da diminuição da atividade cartelizada dos laboratórios. Goldberg observou que o processo hoje instaurado na Secretaria de Direito Econômico contra os laboratórios e quatro pessoas físicas dará espaço para ampla defesa dos acusados e informou que a secretaria pretende analisar, em detalhes, a participação de cada multinacional nas licitações e, também, a relação que elas tinham com os laboratórios nacionais que as representavam no País. “É preciso evitar os julgamentos prévios”, afirmou ele. “Por isso, o processo foi ampliado para 24 empresas, consideando não só as multinacionais, mas também as suas representações”.
As pessoas físicas envolvidas são empresários que representam laboratórios e são suspeitas de organizar o cartel. São elas Jaisler Jabor de Alvarenga, Marcelo Pupkin Pitta, Lourenço Rommel Peixoto e Elias Espiridião Abboadalla. Se condenados pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), as empresas poderão ser punidas com multas que variam de 1% a 30% de seu faturamento anual e inabilitação para participar de licitações. As pessoas físicas estão sujeitas a penas de reclusão de dois a cinco anos.
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