Fraude contra a Previdência provocou prejuízo de 9 milhões

A Polícia Federal afirmou que a fraude contra a Receita Previdenciária gerou prejuízo de R$ 9 mi. Nesta terça-feira (14), dez pessoas foram presas sob acusação de participar do esquema. Entre os detidos, estava o empresário Marcelo França Gabriel, filho mais velho do ex-governador do Pará, Almir Gabriel, candidato do PSDB derrotado na última eleição em sua tentativa de governar pela terceira vez o Estado.

Além dele, foram presos o empresário João Batista Ferreira Bastos, conhecido por Chico Ferreira, e o auditor do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), Luís Fernando Gonçalves da Costa. Os dez acusados, que estão na sede da PF em Belém, vinham sendo investigados há mais de um ano e foram presos durante a operação Rêmora – referência a um peixe que se aproveita dos restos alimentares do tubarão. Eles responderão por crimes de fraude em licitação e sonegação de impostos, falsidade ideológica, formação de quadrilha ou bando.

A operação, da qual participaram 130 policiais federais, foi realizada simultaneamente nos estados do Pará, Amapá e Maranhão. Oito foram presos em Belém, um foi preso em Manaus e o outro na cidade de Marabá. O delegado Caio Bezerra, chefe da operação, disse que a prisão temporária dos acusados, decretada pela 3ª Vara da Justiça Federal em Belém tem validade de cinco dias, mas poderá ser prorrogada.

Os acusados passaram o dia prestando depoimento. Todos foram presos de uma vez para evitar que combinassem os depoimentos ou que pudessem ameaçar testemunhas. Segundo Bezerra, para enganar a Previdência, eles deixaram a dívida de R$ 9 milhões nas mãos de "laranjas", que apareciam como se fossem os donos da empresa Mediservice.

Marcelo Gabriel e Chico Ferreira seriam "sócios ocultos" no esquema das fraudes. "Nós conseguimos provar a participação de todos. A empresa fazia parte do grupo. Agora, o patrimônio deles terá de responder por essa dívida previdenciária", resumiu o delegado. Advogados dos envolvidos foram à sede da PF em busca de informações e detalhes sobre as acusações contra seus clientes. Aos jornalistas adiantaram que estavam ingressando com pedidos de habeas-corpus na Justiça Federal para soltá-los antes do final desta semana.

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