Fraternidade amazônica

A tradicional Campanha da Fraternidade da CNBB, em bom momento, vai focalizar a problemática socioambiental da floresta amazônica. O lema é ?Fraternidade e Amazônia: vida e missão neste chão?. O lançamento deu-se quarta-feira na Ilha do Combu, defronte a cidade de Belém do Pará, com a participação de 200 convidados especiais da entidade dos bispos brasileiros.

O dado emblemático das intenções filosóficas e pastorais da campanha é que, transcorridos dois anos do assassinato da religiosa Doroty Stang, defensora dos povos da floresta contra a ação de grileiros, os mandantes e autores do crime ainda não foram julgados.

Dom Odilo Pedro Scherer, secretário-geral da CNBB, reiterou que a violência, a corrupção e o desmatamento ilegal são crônicos na região amazônica pela ausência e ineficiência do governo. A ministra Marina Silva, uma das convidadas, contemporizou citando, entre outros itens, que 1,5 mil empresas criminosas foram fechadas, regularizadas 66 mil propriedades griladas e cerca de 800 mil metros cúbicos de madeira ilegal apreendidos, com a prisão de 400 pessoas.

Admitiu, porém, que os resultados foram obtidos nos últimos dois anos e que o trabalho do governo é inicial, devendo prosseguir até o final do mandato.

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