O presidente da OAB rebate as críticas e afirma que o exame não tem o objetivo de conter o mercado. ?O bom aluno se estabelece. Não temos qualquer preocupação em limitar a entrada de profissionais no mercado?, afirma.

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No entanto Franco enfatiza que a OAB precisa ser rigorosa ao avaliar os futuros advogados porque a partir do momento que dá a permissão para que o bacharel atue no mercado, está atestando para a sociedade aquele profissional. ?Quem usa mal o nome ?advogado? prejudica toda a categoria?, afirma.

Franco disse ainda que a OAB não é insensível às críticas e vai fazer adaptações para o próximo exame, a ser realizado em agosto. O tempo de prova será aumentado e as questões que geraram polêmicas serão revistas.

Mas alguns pontos que geram discussão no meio não serão mudados, como a divulgação da equipe que elabora e corrige as provas. Franco garante que elas são feitas por professores das faculdades de Direito paranaenses de renome. ?Apesar de termos o exame mais transparente do Brasil, não iremos informar isto até porque é uma exigência dos próprios professores para evitar o assédio?, afirma.

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Mesmo com o descontentamento das faculdades, Franco volta a criticar a qualidade dos cursos. Ele afirmou que 40% dos cursos jurídicos do Brasil oferecem mais vagas do que a quantidade de alunos que as disputam. ?Até 10 anos atrás, quando existiam bem menos cursos, os vestibulares eram disputados e entravam só os melhores. Hoje é só fazer matrícula que já começa a estudar, sem falar na inexistência de reprovações?, afirma.

O presidente da Ordem reconhece, no entanto, que existem exceções. Ele diz que as faculdades renomadas continuam com bons índices de aprovação. O chora-chora fica para as que não têm qualidade. Só no Paraná, são 75 cursos de direito que oferecem 11 mil vagas por ano.

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