Os jogadores da seleção francesa e o técnico Raymond Domenech admitem que é impossível não encarar como uma revanche o jogo de amanhã contra a Itália, em Saint-Denis, pelas eliminatórias da Eurocopa, como uma partida normal, menos de dois meses depois após a derrota nos pênaltis na final da Copa do Mundo, em Berlim.
"Às vezes acordo no meio da noite e me pergunto por que Buffon pegou aquela bola", disse Domenech, referindo-se a uma cabeçada certeira de Zidane defendida pelo goleiro italiano, no primeiro tempo da prorrogação. O jogo estava 1 a 1, Zidane foi expulso depois por uma cabeçada em Materazzi e a Itália marcou 5 a 3 na disputa de pênaltis.
"Não vamos esquecer dessa final, assim como eles não esquecerão a Copa de 1998 e a Eurocopa de 2000", alfinetou Domenech, em refêrencia a duas vitórias francesas contra os italianos, nas quartas-de-final do Mundial que a França sediou e na decisão do torneio europeu realizado na Holanda.
O zagueiro Thuram diz que a equipe entrará com muito mais vigor do que no jogo de sábado contra a Geórgia, que venceu por 3 a 0. "É óbvio que sim, até porque uma vitória contra eles nos dará mais ânimo na disputa", disse o jogador do Barcelona. "Nós devíamos ter vencido a Copa, nosso time era muito melhor que o deles.
Do lado italiano, o volante Gattuso disse que os franceses são maus perdedores. "Quando perdemos a Eurocopa não criamos esse tipo de polêmica", disse o jogador do Milan. "É um jogo importante e precisamos dos três pontos que não vieram no último jogo", alertou, referindo-se ao empate de sábado contra a Lituânia, 1 a 1, em Nápoles.