O governo e o setor privado da França têm confiança no projeto de crescimento que o Brasil está mostrando para o ano que vem, de elevação do PIB em 3,5% e projetam, nesse cenário, aumento das exportações francesas para o mercado brasileiro de 10% a 20%.
Segundo declarou hoje, nesta capital, o Ministro do Comércio Exterior francês, François Loos, a corrente de comércio entre a França e o Brasil em 2004 vai depender do comportamento do setor aeronáutico, que representa grande fatia desse intercambio. Loos afirmou que há projetos em andamento nesse campo que podem ser ampliados. O ministro informou que a França possui grandes contratos com a Embraer visando a fabricação de aviões, mas explicou que não são fluxos regulares. Este ano, em particular, foi um período em que não houve muitos negócios nesse campo.
Manifestou que as empresas francesas consideram já a retomada da economia brasileira e prevêem investir no Brasil para alcançar também o conjunto de países da América do Sul. Revelou que a controladora da Light, a empresa EDF-Electricité de France, permanecerá no Brasil, devendo resolver todos os seus problemas. Amanhã (12), Loos será recebido pela Ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, com quem abordará os problemas do setor elétrico.
O Ministro Loos informou que a balança comercial bilateral é desfavorável à França. Devido à não ocorrência de exportações na área aeronáutica em 2003 houve uma queda de 25% nas exportações francesas para o Brasil, que são negativas em 700 milhões de euros. Com isso, o ministro projeta que no ano fechado a França vai exportar para o Brasil 1 bilhão de euros, contra importações de 1,7 bilhão de euros. Para 2004, porém, a tendência é de aumentar a corrente de comércio.
O Brasil é considerado pelo governo francês um dos 25 países estratégicos, potenciais e prioritários. No próximo dia 16, em Paris, Loos revelou que será apresentado um plano de incremento comercial com essas nações, que se acha em fase de conclusão.
