Segundo o Greenpeace, que acompanhou os visitantes, o assessor direto do presidente da Bretanha, Yvan Le Mevel, também deu seu apoio ao Estado. René Louail, representante da Confederação Camponesa Européia, declarou que fará a mesma recomendação para as 25 associações de produtores rurais da Europa que fazem parte da entidade.
Ele afirmou ainda que o projeto brasileiro de Lei de Biossegurança, em tramitação no Senado, deveria levar em consideração a grande demanda por soja convencional na Europa. Isso porque, se o cultivo da soja geneticamente modificada for liberado no País, a medida poderá comprometer as vantagens comerciais que o Brasil possui em relação aos países que exportam soja transgênica, alerta o Greenpeace.
Dos três maiores exportadores mundiais de soja, o Brasil é o único capaz de atender à demanda do mercado internacional por produtos que não contenham organismos geneticamente modificados. A maior parte da produção dos outros dois grandes fornecedores (EUA e Argentina) é transgênica.
Com a visita, a comitiva tinha o objetivo de conhecer a cadeia produtiva paranaense da soja convencional e orgânica, além do controle de qualidade realizado no Estado para garantir que o produto não seja contaminado por soja transgênica. O Paraná pode tornar-se o principal fornecedor mundial de soja convencional para a região francesa da Bretanha e do Pays de Loire, além da possibilidade de outros países seguirem o exemplo.
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