França e Alemanha estão se aproximando de um alinhamento em suas posições para incentivar uma solução pacífica para a crise envolvendo o Iraque, informou nesta quarta-feira o chanceler alemão Gerhard Schroeder.
Numa cerimônia para celebrar os 40 anos de reconciliação entre os dois antigos inimigos europeus, Schroeder disse que os países “estão totalmente de acordo com a necessidade de harmonizar suas posições em favor de um solução pacífica para a crise iraquiana”.
Tanto a França quanto a Alemanha acreditam que qualquer decisão sobre um ataque contra o Iraque deve ser tomada pelo Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) e, mesmo assim, apenas depois de os inspetores de armas da entidade informarem o que encontraram no país, defendeu o presidente da França, Jacques Chirac.
“Para nós, a guerra é sempre a prova do fracasso e a pior das soluções. Portanto, tudo deve ser feito para evitá-la”, declarou Chirac.
De acordo com o líder francês, os representantes dos dois países no CS da ONU “estão totalmente coordenados e em contato permanente”.
A França, um dos cinco membros permanentes do CS, deixou a entender esta semana que poderá lançar mão de seu poder de veto sobre o assunto. Schroeder, por sua vez, deixou claro que a Alemanha se recusará a apoiar qualquer resolução referente a uma guerra contra o Iraque.
A França ocupa atualmente a presidência do Conselho de Segurança. A Alemanha, apesar de não ter poder de veto, deverá assumir um importante papel diplomático em fevereiro, quando assumirá a presidência do CS, logo após a apresentação do relatório dos inspetores, em 27 de janeiro.