A expectativa dos empresários para o crescimento da economia brasileira e do setor empresarial, nos próximos seis meses, são os mais pessimistas desde 1999. De acordo com a pesquisa Sondagem Industrial, divulgada trimestralmente pela Confederação Nacional a Indústria (CNI), essa percepção é resultado do fraco desempenho da indústria em 2005.
O economista da CNI, Renato Fonseca, explica que, apesar desta avaliação, os empresários não esperam um cenário de recessão e apenas estão menos otimistas que em outros inícios de ano. "Comparando com janeiro de outros anos, o otimismo está mais baixo, provavelmente porque está com nível de estoque elevado, juros elevados, ou seja, não estão ainda acreditando que vai ser um crescimento muito forte".
A informação de Fonseca é confirmada pela expectativa das indústrias, segundo a pesquisa, de aumentar o faturamento e a compra de matérias-primas nos próximos seis meses. Os empresários também revelam a intenção de não demitir ou contratar empregados.
Após indicar queda por dois trimestres consecutivos, as exportações também deverão se manter estáveis nos próximos seis meses na avaliação dos empresários. Os setores que esperam exportar mais nesse período são os de produtos farmacêuticos, couros e peles, matérias plásticas, entre outros.