Fracassa a primeira tentativa real da Organização Mundial do Comércio (OMC) de proporcionar uma situação mais favorável para os países em desenvolvimento depois que a Rodada de Doha foi lançada, em novembro de 2001.

Hoje, a entidade informou que não houve acordo entre os países para aumentar a cota para as exportações de produtos têxteis, uma das principais reivindicações das economias em desenvolvimento, entre elas o Brasil.

Durante a reunião de Doha, ficou estabelecido que os países desenvolvidos e os demais membros da OMC se reuniriam para definir, até 31 de julho, uma aceleração da liberalização do comércio de produtos têxteis.

Mas hoje, ao final do prazo para se debater o tema, os países ricos continuavam evitando abrir seus mercados, pelo menos até 2005, quando vence o regime que protege os países desenvolvidos dos produtos têxteis do resto do mundo.

?Estamos muito insatisfeitos com o resultado dessas negociações?, afirmou um diplomata brasileiro. Para o País, as exportações de têxteis eram uma das principais esperanças para aumentar a participação dos produtos nacionais no comércio internacional. ?Se essa é uma rodada do desenvolvimento, será necessário uma maior flexibilidade por parte dos países?, afirmou o brasileiro.

Até agora, apenas 20% das exportações de têxteis entram nos mercados da Europa e Estados Unidos com taxas razoáveis. A Índia lembra que 95% de seus produtos têxteis não conseguem ser vendidos no mercado internacional por causa das barreiras importas pelos países ricos. O setor têxtil gera 35 milhões de empregos direitos na Índia e outros 58 milhões indiretos.

continua após a publicidade

continua após a publicidade