Curitiba (AE) – O prefeito de Foz do Iguaçu, Paulo Mac Donald Ghisi (PDT), decidiu promover um debate com a população antes de sancionar ou não a Lei 65/2005, que muda a grafia do nome da cidade. Ele passaria a ser escrito com dois "s". Ele recebeu ontem (26) o projeto e o encaminhou à Procuradoria-Geral do município para análise da constitucionalidade. A forma de debate ainda não foi decidida, mas Ghisi não descarta um plebiscito.
O prefeito teria 20 dias para sancionar o projeto, mas vai encaminhar um pedido de ampliação do prazo legal, de modo que a discussão seja mais bem organizada. Inicialmente o prefeito estava determinado a sancionar o projeto assim que chegasse a suas mãos. Mas a polêmica levantada na cidade o levou a repensar a decisão. O projeto foi apresentado pelo vereador Djalma Pastorello (PSDB) e teve o apoio de oito vereadores. Quatro votaram contra.
Turismo
Os defensores da alteração alegam que a nova grafia seria mais favorável ao turismo, principal segmento econômico da cidade, em razão de o "c" cedilhado não integrar o alfabeto de várias línguas e grande parte dos visitantes ser estrangeira. A Cataratas do Iguaçu, principal atração, é designada como Iguassu Falls. Além disso, apegam-se à história, pois a cidade surgiu como Vila Iguassu. A grafia foi alterada somente em 1945 após acordo entre Brasil e Portugal.
Os contrários alegam que isso criaria mais confusão, sobretudo para as pessoas mais jovens, pois o rio continuaria sendo chamado de Iguaçu, bem como as vizinhas Quedas do Iguaçu, Boa Esperança do Iguaçu, Cruzeiro do Iguaçu e outras. Eles também consideram que o custo para alterações em documentos oficiais seria grande e há problemas mais urgentes. "Vamos ouvir toda a comunidade, todos os segmentos, antes de sancionarmos essa lei", prometeu Ghisi.
