Sobre a situação atual da Amazônia e as discussões em torno de quem a habita, Braga diz que esse tipo de xenofobia é muito ruim. ?A região tem ?brasileiros? que a destroem e matam e estrangeiros que geram conhecimento e a adotaram como sua terra. Ao lado de brasileiros geniais e estrangeiros oportunistas. Portanto, não é nacionalidade que define quem pode ou não estar aqui. Mas é preciso sim uma ocupação inteligente da região para que ela não alimente aquelas teses colonizadoras de ?internacionalização? da Amazônia?, diz. Com estes pensamentos, ele preserva uma relação natural e eternamente encantada, tanto com o meio ambiente como com as pessoas. ?Hoje a minha relação é de me deixar levar pelo encantamento que a região tem. Esse encantamento, claro, é apenas um viés de sua complexa teia, mas é esse que me interessa?. Aprendiz da luz equatorial, Braga recriou ambientes através do seu olhar e construiu a identidade do seu trabalho. Trajetória traduzida nas 54 imagens que compõe a exposição no MAM/SP. ?As fotos escolhidas pelo Tadeu Chiarelli (curador) levaram em conta a constituição do meu olhar ao longo dos 30 anos de carreira. Nela estão fotos que reunidas em pequenos conjuntos revelam o percurso do meu olhar?. Em breve será lançado um livro-catálogo com o material da exposição e textos de especialistas sobre a obra de Luiz Braga.
Fotógrafo expõe trabalho sobre Amazônia
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