A manifestação dos jovens por meio da arte das ruas foi avaliada pelo secretário especial de Assuntos Estratégicos, Nizan Pereira, que participou da mesa de debates do Fórum de Arte Urbana, promovido, terça-feira (24), pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná (Embap). Nizan ressaltou que as expressões das pichações e do grafitti merecem ser observadas sob a ótica estética e comportamental. ?São jovens, geralmente da periferia, dando seu grito de alerta, querendo sair da invisibilidade, muitas vezes beirando a marginalidade e correndo riscos? enfatizou.
Para Frederico Freire, o ?Freddie?, que é grafiteiro com obras em muros de várias cidades do país, essas novas formas de expressão plástica são a manifestação de jovens, que têm o que dizer e mostrar, e muitas vezes são ignorados ou são olhados pelas pessoas e autoridades com preconceito.
Também compôs a mesa de debates o professor da Embap, Roberto Pitella. ?O desafio da grafitagem é a preservação da cultura nacional, sem xenofobia, mas mantendo a identidade brasileira?, declarou. O mediador do evento, professor Daniel Binotto declarou que os objetivos foram cumpridos, uma vez que foram rompidas barreiras para a aceitação da grafitagem como expressão de arte e comunicação e que o desafio é o prosseguimento desta relação entre a academia, o público e os artistas urbanos.
O encontro foi realizado no Auditório Bento Mossurunga, da Empab, recebeu 150 pessoas, entre grafiteiros, pichadores, alunos e professores de arte.