Ontem, no Palácio Iguaçu, a organização não governamental
Greenpeace falou em coletiva à imprensa sobre a posição de vários
países sobre alimentos transgênicos.
Além do governador do
Paraná, Roberto Requião, estavam presentes representantes do Greenpeace
de cerca de 20 países que estiveram no "Fórum de Decisão Global" sobre
transgênicos, organizado em Morretes no final deste mês.
O
objetivo do evento é mostrar os benefícios de se manter um Estado
livre de transgênicos, como é o caso do governo paranaense. " O governo
do Paraná se soma à essa resistência que o Greenpeace faz. Na mesma
medida que nos apóiam aqui com as suas posições, o governo pretende
apoiá-los em quaisquer lugar aonde estejam agindo na mesma luta",
declarou o governador Requião.
Segundo material divulgado pelo
Greenpeace, 57 das 60 maiores empresas alimentícias do mundo, como a
Heinz e a Kellogs, optaram por não comercializar produtos transgênicos
na União Européia. A rejeição aos transgênicos não é exclusividade dos
europeus. Cerca de 80% dos consumidores brasileiros são contra a
liberação dos produtos transgênicos.
Para o técnico da
campanha de Engenharia Genética do Greenpeace alemão, Stefan Flolhmann,
a Alemanha é um bom exemplo do que está acontecendo na União Européia
"a rejeição do consumidor é de 74,4% para produtos alimentícios que
tenham qualquer componente transgênico e de 68,2% para o leite de
animais que são alimentados com produtos geneticamente modificados. A
venda do leite orgânico cresceu 20% em um ano. O mercado alemão também
cresce para carnes e derivados de animais que são alimentados com soja
convencional."
O analista de mercado do Greenpeace
Internacional, Lindsay Keenan falou sobre a importância econômica do
Brasil manter uma política contra os transgênicos: "A União Européia
está crescendo e com isso a demanda de soja convencional também deve
crescer, devido à posição dos consumidores. Se o Brasil não assumir a
postura de fornecedor, outro país assumirá".
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