Sem Robinho, o Santos emperrou. Sem Robinho, Léo, Deivid, Paulo César, Fabinho e
Zé Elias, e ainda desestabilizado pela traumática eliminação da Taça
Libertadores, pouco restou do futebol campeão brasileiro no ano passado. Com
pouca imaginação e dependendo apenas de Giovanni e Ricardinho, o time da Vila
Belmiro ficou no 0 a 0 com o Fortaleza, hoje, no Castelão, mas ganhou uma
posição no Campeonato Brasileiro – passou de sétimo para sexto, com 14 pontos.
São quatro jogos seguidos sem vitória e o técnico Gallo ficou ainda mais
ameaçado de demissão.
Com a corda no pescoço, Gallo não tinha grandes
opções para armar o desfalcado time. Tcheco e Halisson, muito mal na derrota
para o Atlético-PR, pela Libertadores, foram barrados. Na frente o técnico optou
pela velocidade de Danilo e Luciano Henrique. Não deu resultado, Gallo tentou
Basílio e Fabiano na segunda etapa, mas o time seguiu emperrado.
De
início, o Santos mostrou superioridade e pressionou. Ricardinho e Giovanni
jogavam lado a lado e conseguiam trocar passes, mas a falta de objetividade dos
demais companheiros fazia com que as jogadas não resultassem em nada. O time da
casa beirando a zona de rebaixamento, mostrava mediocridade e o jogo desviava
para a sonolência.
Antes do fim da primeira meia hora, os torcedores da
capital cearense já vaiavam – talvez, também lamentando a falta de Robinho. Aos
36 minutos, as duas equipes, somadas, tinham errado 38 passes, ou mais de um por
minuto. Até Ricardinho começou a errar.
Nos minutos finais da primeira
etapa, alguma emoção. Danilo arrancou pela esquerda, mas Luciano Henrique não
alcançou o cruzamento. Em seguida, o time cearense acordou e chegou com perigo
duas vezes seguidas, apenas com perigo.
No intervalo, Giovanni saiu
reclamando que o campo do Castelão é muito grande. Devia é ter dito que o
futebol dos colegas é pequeno. No início do segundo tempo, o sofrimento do
torcedor santista continuou. Mauro falhou feio e Clodoaldo quase marcou mas
acertou a trave. Pouco depois, Giovanni conseguiu belo lance individual: chutou
forte após dois cortes no zagueiro adversário, mas à direita do gol.
O
jogo melhorou um pouco. O Fortaleza acordou, percebendo a lentidão dos
paulistas, e foi para frente. Após duas ou três falhas da defesa santista, o
público presente ao Castelão também despertou. A pontaria dos atacantes
cearenses, porém, seguia ausente. Gallo trocou a dupla de ataque santista e, nos
minutos finais, conseguiu algum pressão. Mas Deivid e Robinho não estavam lá: 0
a 0.