Brasília – O relatório parcial da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) dos Sanguessugas mostra que a forma usada pela Planam para pagar parlamentares levava em conta várias possibilidades. Dos 72 parlamentares citados no relatório e que serão investigados pelos Conselhos de Ética da Câmara e do Senado, 35 optaram por receber dinheiro de apenas uma maneira ? depósito na própria conta, em conta de assessores, em dinheiro, cheque ou em bens como carros ?, outros 34 optaram por receber de várias formas.

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Há, ainda, três parlamentares que, segundo o relatório, enfrentam situações diferentes. No trecho relativo à deputada Almerinda de Carvalho (PMDB-RJ), não ficou explicitado se ela recebeu recursos da Planam e quanto seria esse valor; a deputada Laura Carneiro (PFL-RJ) ?não foi objeto de item específico no depoimento de Luiz Antônio Trevisan Vedoin. Contudo, a parlamentar é mencionada diversas vezes na parte geral do depoimento?, diz o relatório do senador Amir Lando (PMDB-RO). Já o deputado Marcelino Fraga (PMDB-ES) ainda não havia recebido o dinheiro da Planam, segundo depoimento de Luiz Antônio Trevisan Vedoin. Entretanto, o relatório mostra uma contradição: no depoimento de Darci Vedoin, ele disse que pagou R$ 10 mil ao assessor do deputado ?a título de comissão?.

A CPI dos Sanguessugas aprovou, ontem (10), em votação simbólica o relatório parcial do senador Amir Lando. Houve um voto contra do senador Wellington Salgado (PMDB-MG), e uma abstenção do senador Sibá Machado (PT-AC). Agora, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Sanguessugas inicia a sua segunda etapa de trabalhos com a aprovação do relatório. Na nova fase as investigações serão voltadas para apurar irregulares e o envolvimento do Executivo (ministérios, prefeituras), de organizações não-governamentais e fraudes em outros órgãos, como Ministério da Saúde e Ministério da Ciência Tecnologia.

O prazo final para CPI previsto é 22 de dezembro, podendo ser prorrogado por mais 180 dias.

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