Forças iraquianas apoiadas por helicópteros americanos atacaram a cidade velha de Bagdá nesta sexta-feira (01), desencadeando uma luta de guerrilha urbana na qual pelo menos três pessoas morreram e 11 ficaram feridas, informou a polícia local. Helicópteros americanos voaram baixo sobre Fadhil em apoio aos soldados iraquianos, mas não chegaram a abrir fogo, disse o tenente de polícia Ali Muhsin. Fadhil, na cidade velha de Bagdá, é um bairro habitado majoritariamente por árabes sunitas.

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De acordo com ele, os confrontos entre soldados e rebeldes armados pelas estreitas ruas e vielas da cidade velha resultaram na morte de um militar e de dois civis iraquianos. Ainda segundo Muhsin, sete civis e quatro soldados ficaram feridos. A emissora estatal Iraqiya TV informou que 43 supostos rebeldes foram detidos nas buscas realizadas em diversas casas. Não havia informações sobre rebeldes mortos ou feridos nos confrontos em Fadhil.

Por sua vez, o comando militar americano em Bagdá informou que o Exército dos Estados Unidos promoveu operações militares na região central do Iraque, matando dois supostos insurgentes e ferindo uma mulher iraquiana que teria sido usada como "escudo humano". Em outras partes do país, episódios de violência sectária provocaram a morte de pelo menos 12 pessoas hoje, dia semanal de orações para os muçulmanos, informou a polícia.

O Exército dos EUA informou também que um soldado americano morreu durante um combate ocorrido em Bagdá ontem. De acordo com uma contagem da agência de notícias Associated Press, o incidente eleva a 2.886 o número de militares americanos mortos no Iraque desde março de 2003, quando o país árabe foi invadido por forças estrangeiras lideradas pelos EUA em busca de armas de destruição em massa que nunca vieram a ser encontradas.

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O ataque no qual a mulher foi ferida ocorreu em Taji, ao norte de Bagdá. Segundo as forças americanas, a mulher ferida "foi usada como escudo humano por um terrorista". Ela está hospitalizada e sua condição de saúde é estável. Trata-se do terceiro acidente em menos de uma semana na qual soldados americanos matam ou ferem mulheres iraquianas. Na quarta-feira, duas mulheres morreram num ataque aéreo contra supostos integrantes da Al-Qaeda no Iraque em Baquba, 60 quilômetros a nordeste de Bagdá.

Um dia antes, soldados americanos promoveram um ataque contra supostos rebeldes em Ramadi, capital da conturbada província de Anbar, no qual pelo menos seis pessoas morreram. Os mortos no episódio eram um homem, uma menina de apenas sete meses, uma criança de 12 anos e três adolescentes com idades entre 14 e 17 anos. Segundo o Exército americano, moradores disseram que o local atacado era usado como "abrigo de uma conhecida força antiiraquiana".

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