Forças dos EUA mataram 19 civis no Iraque, diz prefeito

Forças dos Estados Unidos mataram 19 civis, entre eles sete mulheres e oito crianças, em bombardeios aéreos nesta sexta-feira (09) na vila de Ishaki, 90 quilômetros a norte de Bagdá, acusou o prefeito local. O comando militar americano, no entanto, garantiu que suas forças mataram 20 supostos militantes da rede Al-Qaeda no Iraque ao serem atacadas nos arredores da localidade. Os americanos não comentaram as mortes dos civis, e limitaram-se a dizer que entre os militantes havia duas mulheres.

O Comando Central dos EUA informou que forças terrestres promoviam buscas em prédios na vila, na província de Salahuddin, de maioria sunita, quando insurgentes as atacaram com metralhadoras. Os soldados responderam ao fogo, matando dois insurgentes, acrescentou. Mas insurgentes voltaram a atacar, e as tropas pediram reforço aéreo. Outros 18 insurgentes morreram nos bombardeios aéreos, entre eles duas mulheres, segundo o relato dos militares americanos.

"Infelizmente, Al-Qaeda no Iraque tem tanto homens como mulheres apoiando e facilitando suas operações", disseram num comunicado. A ação ocorreu numa área onde informações de inteligência davam conta de que "associados com ligações a múltiplas redes da Al-Qaeda no Iraque estavam operando", acrescentou. Um grande estoque de armas foi encontrado e destruído no local.

Mas o prefeito da vila de Ishaqi, Amir Fayadh, e a polícia local disseram que 19 civis foram mortos nos ataques aéreos contra duas casas, e Fayadh especificou que entre os mortos estavam sete mulheres e oito crianças. Imagens registradas pela AP Television News mostram uma dúzia de corpos carbonizados cobertos por mantos coloridos em meio aos destroços das casas destruídas.

Em meados deste ano, uma investigação do Pentágono inocentou soldados americanos da acusação de conduta imprópria envolvendo uma ação em 15 de março na vila, durante a qual aviões de combate foram chamados para destruir um prédio onde afirmavam estavam escondidos militantes da Al-Qaeda. Moradores acusam que os soldados haviam matado intencionalmente 11 civis na casa, e pediram que a Força Aérea a bombardeasse a fim de encobrir o crime.

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