Militares da Força Aérea Brasileira (FAB) e do Exército, bombeiros e peritos do Instituto de Medicina Legal (IML) concentram as buscas pelos últimos corpos das vítimas do Boeing 737-800, da Gol Linha Aéreas, que caiu há duas semanas na terra indígena Capoto Jarina, no norte do Mato Grosso, após chocar-se com um jato Legacy, que seguia para os Estados Unidos. Até agora, foram encontrados 149 corpos ou restos mortais. O avião tinha 148 passageiros e seis tripulantes.
Segundo nota do Comando da Aeronáutica, 350 pessoas participam das buscas no local. Sessenta deles passaram a noite no local do acidente, em meio a floresta. Somente ontem (12), 134 homens estiveram diretamente envolvidos com as buscas no local e na base de apoio dos militares, localizada na fazenda Jarinã (MT). Um grupo de cães farejadores também foi enviado para o local, pois as buscas ficam mais difíceis na medida em que não há mais grupos de vítimas junto aos destroços.
Entre as estratégias adotadas para as últimas buscas, está a participação de grupos indígenas da região e a remoção de parte da fuselagem do Boeing 737-800. A Aeronáutica confirmou que os militares suspenderam ontem (12) a cabine da aeronave com o uso de macacos hidráulicos e colchões pneumáticos, mas nenhuma vítima foi encontrada. A operação no local continua hoje.
Do total de corpos enviados para a identificação formal em Brasília, 140 pessoas foram reconhecidas pelos por meio de diferentes tipos de identificação: impressões digitais, arcadas dentárias, e exames de DNA, que permitem traçar ligação genética com os parentes. Ontem, o IML recebeu mais quatro corpos, o que totaliza nove que aguardam identificação.
Para esclarecer as dificuldades atuais do trabalho dos peritos, o direitor do IML José Flávio de Souza Bezerra marcou uma entrevista coletiva para as 16 horas de hoje, na sede do instituto.