A Força Verde, composta por técnicos do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e Policiais Militares do Batalhão de Polícia Ambiental, abordaram nesta quinta-feira (04) oito embarcações que praticavam a pesca de arrasto do camarão na divisa do Paraná com o estado de São Paulo durante operação de fiscalização em mar aberto.
Três pescadores foram notificados e tiveram suas redes apreendidas por falta de documentação da embarcação emitida pela Secretaria da Pesca. ?Os pescadores notificados terão que comparecer no IAP de Paranaguá com a documentação liberando a pesca de arrastão e documento do pescador profissional. Caso contrário, ficam sem o seu material de trabalho e ainda serão multados pelos órgãos ambientais?, afirmou o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues.
O valor da multa é de R$700,00 e mais R$10,00 para cada quilo de peixe apreendido.
Segundo ele, as operações de fiscalização em mar aberto são realizadas uma vez por semana durante o ano e duas vezes por semana em períodos de temporadas e de reprodução dos peixes (defeso) nas divisas do Paraná com São Paulo e Santa Catarina.
As equipes da Força Verde fiscalizam ainda se os pescadores estão cumprindo a portaria do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis) que normatiza a distância da costa permitida para pesca de arrastão.
De acordo com a portaria, barcos de até dez toneladas devem pescar entre a primeira e a terceira milha a partir da costa. Cada milha representa 1852 metros de distancia da costa. Já embarcações acima de dez toneladas devem pescar a partir da terceira milha, ou seja, há 5,5 quilômetros de distancia da costa.
?Esta delimitação serve para proteger os cardumes que se reproduzem da costa para o mar. Os barcos que praticam a pesca de arrastão agridem muito os ecossistemas porque utilizam redes de grande porte?, explicou o chefe do escritório do IAP em Paranaguá, Reginato Bueno. Ele informou ainda que as operações de fiscalização em mar aberto servem para evitar que grandes embarcações de outros estados pratiquem a pesca predatória no estuário paranaense.
Das oito embarcações abordadas durante a operação, três eram de Santa Catarina e todas de grande porte. ?Estes barcos tem capacidade para levar até 30 toneladas de peixe e camarão, sendo que os pescadores do Paraná possuem barcos com capacidade para, no máximo, 15 toneladas?, detalhou Reginato.
A pesca do camarão sete barbas foi liberada no último dia dois de janeiro, aumentando o numero de embarcações pesqueiras no litoral paranaense.