Força Verde lança campanha contra tráfico de animais silvestres

O Batalhão de Polícia Ambiental ? Força Verde ? começou, nesta sexta-feira (24), campanha de conscientização para inibir o tráfico de animais silvestres. A ação, que conta, além da Polícia Militar, com o apoio de instituições governamentais e não governamentais das esferas federal, estadual e municipal, está sendo desenvolvida primeiramente no litoral paranaense em função do grande número de pessoas que viajam para esta região do Paraná e por ser época de reprodução de várias espécies, há venda de filhotes dos animais.

?Muitas pessoas nem sabem que é crime e acabam levando para casa animais silvestres para criar como bicho de estimação, o que não é permitido e acaba sendo ainda uma forma de degradar a natureza?, disse o comandante do Batalhão de Polícia Ambiental ? Força Verde, tenente-coronel Carlos Alexandre Scheremeta. A campanha não tem data para ser concluída. A atuação da Força Verde inclui o patrulhamento em terra, na água e o monitoramento de áreas para confirmação de denúncias inclusive com o uso de aviões, como aconteceu simultaneamente ao lançamento da campanha.

O coronel explicou que o trabalho desenvolvido pelo Batalhão Ambiental é voltado à educação ambiental e que a cada período o foco é mudado. Isto porque, segundo ele, há períodos, como o de agora, em que a fase de reprodução dos animais propicia e até estimula a venda dos filhotes, principalmente de papagaios, periquitos, canários-terra, saíras e macacos. ?Infelizmente muitas pessoas acham que não há problema algum em adquirir um filhote. O que se esquecem é de observar que ao retirar um animal da natureza está contribuindo de alguma forma para a degradação ambiental. Nós trabalhamos para manter a natureza o mais perfeita possível para estas e para as futuras gerações?, disse Scheremeta. ?E uma das formas de conscientizar é através de campanhas?. Nesta, estão sendo distribuídos para turistas e moradores da região material educativo como folhetos, ímãs de geladeira, saquinhos para lixo.

De acordo com a lei de crimes ambientais, cabe pena de detenção de seis meses a um ano para aquele que mata, persegue, caça, apanha, utiliza espécimes da fauna silvestre sem permissão, licença ou autorização de órgão competente. A mesma pena está prevista para quem vende, expõe à venda, exporta, adquire, guarda, mantém em cativeiro esses animais. Por ser um crime com pena inferior a dois anos o processo cabe ao Juizado Especial. O infrator responde a termo circunstanciado e recebe pena alternativa. Se voltar a cometer o mesmo crime, ele perde o benefício e responde a inquérito policial. ?A sentença para quem responde a termo circunstanciado geralmente é de prestação de serviço à comunidade voltado à área do meio ambiente?, disse o coronel.

Num primeiro momento os pontos escolhidos para distribuição do material educativo foram o posto de fiscalização do Batalhão de Polícia Rodoviária da Polícia Militar, na entrada da Estrada da Graciosa, em Quatro Barras, o posto de fiscalização do Batalhão de Polícia Ambiental ? Força Verde ?, na estrada que dá acesso a Guaraqueçaba, no município de Antonina, e o posto de embarque de Paranaguá, de onde saem os barcos com destino a Guaraqueçaba e às ilhas do Mel, das Peças e Superagui.

A campanha é uma proposta da Câmara Técnica de Conservação do Conselho Consultivo da Área de Proteção Ambiental de Guaraqueçaba, e tem o apoio da Polícia Militar, do IBAMA (Instituto do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis), IAP (Instituto Ambiental do Paraná), Instituto de Ecoturismo do Paraná e Prefeitura de Paranaguá. Participam ainda a Sociedade de Pesquisa e Educação em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), a Ecomundi Consultoria Ambiental Ltda, sendo o patrocínio de Criadouros e Zoológicos da Fauna Silvestre Registrados no Estado. Denúncias para o Força Verde podem ser feitas pelo telefone 0800 643 0304.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo