Força-tarefa reforça combate ao tráfico

policia180105.pngA primeira operação da força-tarefa que investiga homicídios relacionados ao tráfico de drogas mobilizou 71 policiais civis e militares e agentes da Polícia Federal nesta terça-feira (18). A equipe foi montada por determinação do governador Roberto Requião, para quem o combate a traficantes é uma das prioridades do governo. Durante a operação, duas pessoas foram presas e outras duas foram detidas para ser interrogadas.

O secretário da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, aponta a ação como uma estratégia importante na prevenção de assassinatos. "É o início de uma nova forma de investigar os crimes de homicídio. Nós queremos atingir a causa e não somente a conseqüência, prender os verdadeiros mandantes e não somente os ‘operários’", afirma Delazari.

Para o delegado regional da Delegacia de Combate ao Crime Organizado, da Polícia Federal, Hugo Correa Martins, a integração entre as polícias foi uma decisão inteligente. "É necessário unirmos forças, porque cada divisão policial tem informações diferentes e que podem se complementar para montar o quebra-cabeça que é formado pelo tráfico de drogas", diz.

Prisões

Na ação de estréia, o grupo percorreu as regiões do Parolin, Uberaba, Campo Comprido, Campina do Siqueira, em Curitiba, e Piraquara, na Região Metropolitana, em 25 viaturas. A equipe cumpriu três mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão. Um deles foi Adriano Rodrigues de Oliveira, preso no bairro Parolin. O rapaz, de 25 anos, tem mandado de prisão preventiva, decretado por assalto à mão armada.

Antônio Eduardo da Cruz, conhecido como "Japonês", é acusado de ser o responsável pela morte de Ingrid Robert Silva, 24 anos. Ele foi preso no Campo Comprido, região Oeste da capital. O crime foi cometido no dia 06 de agosto de 2004, na praça da Ucrânia, no Bigorrilho. O alvo seria Ricardo Rosa, namorado de Ingrid e integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC), mas a moça atirou-se na frente dele, e foi baleada.

A força-tarefa deteve também Daiane Batista Wenceslau e sua irmã, uma adolescente. Daiane é suspeita de estar envolvida em um duplo homicídio na divisa com Piraquara, Região Metropolitana de Curitiba. Daiane é filha de Marina Wenceslau, que foi apontada como responsável pela quadrilha que roubou malotes de dinheiro de uma agência do banco Bradesco, no shopping Jardim das Américas, em novembro do ano passado. Marina era sogra do acusado de liderar a quadrilha durante o assalto. Ela morreu no ano passado, em Presidente Prudente. As informações obtidas com as irmãs detidas serão repassadas ao Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), que investiga o assalto ao carro forte.

O delegado Luiz Alberto Cartaxo Moura, titular da Delegacia de Homicídios, afirma que outras operações já estão sendo preparadas pela força-tarefa. "Sempre que um dos integrantes deste grupo especial achar que é necessário agir em conjunto, em qualquer parte do território paranaense, o grupo será convocado", explica.

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