Em seu depoimento à CPI, o procurador Rodrigo Ramos da Silva, também presente à audiência pública, procurou demonstrar a responsabilidade do Banco Central no caso de Foz do Iguaçu. ?O BC tem seu papel na tragédia vivenciada em Foz a pretexto de evitar o crescimento do ágio nas operações de dólar no mercado paralelo?, afirmou.
Na avaliação do procurador, o Banco Central produziu uma releitura de legislações sobre procedimentos de remessas de valores, abrindo espaço para uma evasão como nunca se havia registrado antes de 1992, quando as normas foram alteradas. ?Por conta de um hermetismo e de um linguajar econômico, abriu-se demais o veículo de saída das divisas, sem que o Congresso Nacional tomasse conhecimento disso?, ressaltou.
Santos Lima disse à CPI que alguns integrantes da atual força-tarefa devem viajar a Nova York para apanhar novos documentos que foram liberados pela Justiça norte-americana sobre contas na agência do Banestado na cidade norte-americana. Ele salientou que o Banco Itaú, que adquiriu o Banestado, está facilitando o trabalho da força-tarefa, abrindo todas as informações que vêm sendo solicitadas pelas autoridades brasileiras sobre as movimentações irregulares pela agência em Nova York. O procurador acrescentou que já existe investigação sobre uma das contas que estão fora do esquema do Banestado.
