São Paulo – A Força Sindical classificou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) como uma proposta ?tímida e com pouca ousadia? para o desenvolvimento do país, segundo nota divulgada na tarde desta segunda-feira (22).
De acordo com Paulo Pereira da Silva (Paulinho), presidente nacional do sindicato, ?o PAC não resolve as questões estruturais do país?, pois não apresenta ?uma eficiente e profunda reforma tributária e fiscal, queda drástica na taxa básica de juros, melhorias na segurança pública e investimentos maciços na educação?.
Paulinho considera pontos positivos do Programa a redução de despesas tributárias para setores de energia, transporte e saneamento, além do aumento do salário mínimo. Esses acordos haviam sido acertados previamente pelo governo com representantes das centrais sindicais.
Na nota, a Força Sindical ainda considera "irrisório" o índice de reajuste salarial para o funcionalismo público anunciado, de 1,5% mais a inflação acumulada.
O sindicato também informou que entrará com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o Fundo de Investimento, devido ao anúncio de que parte do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) seria aplicada sem consulta ao trabalhador sobre o destino das aplicações.
No fim da tarde, representantes da Força Sindical se reuniram com os da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Central Autônoma dos Trabalhadores (CAT) e da Confederação Geral dos Trabalhadores Central (CGT), para discutir o programa de crescimento anunciado pelo governo.