Força Nacional nega ilegalidade em patrulhamento no Rio de Janeiro

O coronel Aurélio Ferreira Rodrigues, comandante da Força Nacional, disse hoje que a forma como os integrantes da tropa estão revistando motoristas nas estradas do Rio não tem nada de ilegal. Segundo ele, a revista é feita como manda a lei e se justifica porque os militares não têm condições de saber quem é criminoso e quem não é.

Para o advogado Wanderley Rabello, diretor da Sociedade Brasileira de Vitimologia e ex-integrante da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ), no entanto, trata-se de constrangimento ilegal, uma vez que a revista só poderia se dar caso os motoristas fossem suspeitos de algum crime.

"A Lei de Contravenções Penais diz que esse tipo de revista se justifica quando é a um suspeito. Eles escolhem o motorista aleatoriamente e fazem a revista na frente de todo mundo, o que configura o constrangimento", afirmou Rabello. "É por razão de segurança, mas é um exagero. Não há razão para isso." O advogado lembrou ainda que, quando o automóvel é inspecionado pelos militares, o proprietário tem direito de acompanhar, para checar como ela está sendo feita.

O comandante da Força Nacional contesta: segundo ele, tudo está sendo realizado dentro das normas, PM homem revistando os homens e PM mulher, as mulheres. "Fazemos da forma padrão, técnica", disse o coronel. De acordo com Rodrigues, a abordagem é necessária porque é impossível saber, pela aparência, quem é bandido. "Não existe mais perfil de criminoso", esclareceu.

Parati

Ontem, foi informado que os militares iriam para Parati, no Sul do Estado, mas até o final da tarde nenhuma operação foi vista no trecho da BR 101 próximo à cidade.

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