Rio de Janeiro – A Força Nacional de Segurança Pública já está a caminho do Rio de Janeiro. O primeiro grupo saiu de Brasília às cinco horas da manhã deste domingo (14) e segue pela estrada.
A assessoria de imprensa da Secretaria Nacional de Segurança Pública confirmou que são cerca de 200 policiais distribuídos em 52 carros da própria força, que devem chegar à capital fluminense por volta das 22 horas. Eles vão direto para o Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças da Polícia Militar, em Sulacap, na zona oeste da cidade, onde ficarão baseados.
Outros 300 homens da força chegam de avião ao Rio de Janeiro. Eles embarcam no início da noite na Base Aérea de Brasília e desembarcam por volta das 20 horas na Base Aérea do Campo dos Afonsos, no subúrbio de Marechal Hermes. Na segunda-feira, os policiais já começam a partir para os postos de patrulhamento nas divisas do estado com São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais.
O início da atuação é que ainda não está acertado, conforme informou no sábado o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrami. Segundo ele, o início da Operação Divisa Segura deve ser definido na segunda ou terça-feira.
A Força Nacional foi criada por decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em novembro de 2004. Os integrantes são policiais civis e militares de vários estados, selecionados entre os melhores currículos de cada força. Eles foram capacitados para atuar em ações de preservação do patrimônio e da ordem pública em todo o território nacional. A atuação da tropa depende de um pedido dos governadores ao presidente da República.
No Rio de Janeiro, o grupo só iria atuar durante a realização dos Jogos Pan-americanos, em julho deste ano, mas o governador Sérgio Cabral Filho pediu que a chegada fosse antecipada diante dos episódios de violência registrados na capital e em municípios da região metropolitana na última semana do ano passado. Os ataques criminosos contra ônibus, cabines e delegacias de polícia deixaram 19 pessoas mortas e pelo menos 25 feridas. Na ocasião, sete suspeitos foram presos.
Além da solicitação da Força Nacional de Segurança, o governador determinou na primeira semana do ano a transferência para o presídio de segurança máxima de Catanduvas, no Paraná, de 12 líderes do tráfico de drogas presos no Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste do Rio de Janeiro.