Um foguete de fabricação caseira disparado por palestinos a partir de Gaza explodiu hoje nas proximidades da casa do ministro da Defesa de Israel, matando uma mulher e criando a expectativa de uma nova ofensiva militar israelense na região.
Militantes tanto do grupo governista Hamas quanto da Jihad Islâmica assumiram responsabilidade pelo primeiro ataque mortal de foguete partindo de Gaza desde a retirada das tropas de Israel da região em setembro de 2005. Os militantes disseram que o foguete era em vingança à morte de 19 civis palestinos num bombardeio de artilharia israelense na cidade de Beit Hanoun, norte de Gaza.
Aquele bombardeio, que, segundo Israel, ocorreu por "erro técnico", foi promovido depois de uma semana de incursão das tropas israelenses em Beit Hanoun visando reprimir o lançamento de foguetes. Mas os ataques com foguetes continuaram de outras partes de Gaza durante a incursão, e foram retomados em Beit Hanoun depois da retirada das tropas.
O foguete de hoje caiu na cidade de Sderot, a cerca de 150 metros da casa do ministro da Defesa Amir Peretz. O Exército de Israel informou que sete foguetes foram disparados hoje por palestinos, sendo que apenas três caíram no Estado judeu.
Leah Malul, uma porta-voz do Hospital Barzilai, em Ashkelon, disse que uma mulher foi morta, um homem ficou gravemente ferido e vários outros transeuntes foram levemente feridos por estilhaços.
O ferido grave é um membro da segurança pessoal de Peretz, que fazia vigilância da casa quando o foguete caiu.
David Baker, um funcionário do gabinete do primeiro-ministro Ehud Olmert, disse que a batalha de Israel contra os lançadores de foguetes não tinha evidentemente acabado. "A continuidade de ataques de foguete palestinos contra Sderot e comunidades próximas dentro de Israel é uma clara evidência de que Israel não pode baixar a defesa de seus cidadãos e tem de erradicar esses lançadores de foguetes assim como aqueles que promovem esses ataques", afirmou Baker.
Apesar de os projéteis de fabricação caseira serem primitivos e raramente causarem vítimas, eles já mataram oito israelenses desde 2001, o último em julho de 2005. Mas os disparos quase diários têm enervado e causado transtornos aos moradores das cidades atingidas.