O interesse de investidores estrangeiros na economia brasileira deve perdurar em 2008, segundo estimativas da maioria dos analistas de mercado. A expectativa reinante entre eles é que ao longo do ano ingressem no País entre US$ 30 bilhões e US$ 35 bilhões, mantendo o nível de 2007.

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A maior atração para o investidor estrangeiro é o fortalecimento do mercado interno nos últimos anos, resultado do aumento da renda das famílias e da expansão do número de vagas no mercado formal de trabalho. No ano passado, foi quebrado o recorde da geração de novos postos de trabalho – cerca de dois milhões de empregos – número que o governo espera ver repetido em 2008.

Ponto a favor da economia brasileira na captação de investimentos externos, da mesma forma que está ocorrendo também na China, Índia e Rússia, é a dimensão de seu mercado, uma característica dos países dotados de elevados índices populacionais.

Comparados ao mercado norte-americano, mercados emergentes como o brasileiro, por exemplo, ainda oferecem sensíveis restrições ao investimento, sobretudo no conjunto de itens considerados menos consistentes em função da insegurança jurídica e institucional.

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Uma pesquisa feita pela Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização (Sobeet), divulgada pelos principais jornais, põe em relevo a posição estratégica do Brasil em relação aos demais países do Hemisfério Sul. Esse é um dos fatores decisivos na opção dos investidores do mercado globalizado que apostam em nosso País, a partir do qual pretendem viabilizar o acesso a novos mercados.

Mesmo com os riscos inerentes trazidos pelo grande volume do investimento estrangeiro, enfim, um dinheiro malvisto por sua grande volatilidade (especialmente aquele carreado para as bolsas de valores), o interesse pelo investimento produtivo é um reflexo seguro do crescimento da economia. Sensação de segurança, de resto robustecida pela iminência do recebimento pelo Brasil do grau de investimento, atribuído pelas agências internacionais de classificação de risco.

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O grau de investimento é obtido à vista dos números apresentados pelas bolsas de países emergentes, cuja valorização tenha chegado a 62% no ano que precede a classificação. Nos últimos três anos, o Ibovespa, índice que reúne os papéis mais negociados da bolsa paulista, cresceu 182,69%. Magnífico salto propiciado pelo lançamento de 140 novas ações no mercado.